De volta o cais
É o inverso de nós
Não teve tempo certo
Nem de quando sorriamos
Não haverá muito mais
Nas veias sintética
Há frases abertas
Caos camuflado á tinta do quadro
Viveiros, teias de aranha
A batida certa se ganha
No sentido de que não há
Sentido algum em nada
Cavamos o sol quando
O inverno se cria dentro de nós
Talvez florescerá um curta circuito
De bem em mim
Talvez assim
Te trago as cinzas
Das palavras contidas
Talvez florescerá
Um curta de bem em nós
Quem sabe amar
Seja o mar que te faltava
Da melodia que se cala
Há vozes tão cansadas
Na solidão de nunca se estar só
O mundo se propaga
Na solidariedade forçada
Em frente às lentes
Somos todos contentes
A verdade não é mais real
Talvez florescerá um curta circuito
De bem em nós
Quem sabe assim
Te trago as cinzas
Das palavras contidas
Por você e até por mim
Será que ainda existe
Esse bem aqui?
O mundo se perde no segundo
Que desistimos de sentir